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Bolsonaro demite ministro das Comunicações a dias de deixar o Governo do Brasil

Jair Bolsonaro ao lado de Fábio Faria durante um conferência de imprensa em maio de 2020.
Jair Bolsonaro ao lado de Fábio Faria durante um conferência de imprensa em maio de 2020.
Andre Penner

O decreto da exoneração de Fábio Faria esclarece que a saída do gabinete foi solicitada pelo próprio ministro.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, demitiu esta quarta-feira o ministro das Comunicações, Fábio Faria, 11 dias antes do fim do seu Governo, a 1 de janeiro, quando Lula da Silva se tornará novamente chefe de Estado do país.

O decreto da exoneração de Faria, importante aliado do atual Presidente brasileiro, foi publicado no Diário Oficial da União e esclarece que a saída do gabinete foi solicitada pelo próprio ministro.

Ao contrário de casos semelhantes, o decreto não nomeia um substituto, pelo que se prevê que o atual secretário-geral do Ministério das Comunicações atue como interino até ao fim do Governo de Bolsonaro.

Faria assumiu a chefia do Ministério das Comunicações em junho de 2020, quando se tornou um dos políticos mais próximos de Bolsonaro.

O ex-ministro chegou a desvincular-se do Partido Social Democrata (PSD) em março passado, depois deste se abster de apoiar a campanha com a qual Bolsonaro tentou a reeleição, mas acabou derrotado por Luiz Inácio Lula da Silva.

Desde março, Faria é filiado no Partido Progressista (PP), formação que apoiou as aspirações à reeleição de Bolsonaro, mas agora negocia um possível apoio ao Governo de Lula da Silva.

Faria foi um dos coordenadores de campanha política da reeleição de Jair Bolsonaro, escolha que o forçou a desistir de disputar as eleições legislativas em outubro.

O ex-ministro chegou a denunciar que algumas rádios estavam a prejudicar a campanha eleitoral do atual Presidente brasileiro ao não divulgar a sua propaganda política obrigatória, alegações para as quais não apresentou provas, mas depois disse lamentar essa sua estratégia e de outros aliados de Bolsonaro de tentarem questionar a lisura das eleições, para solicitar o seu adiamento, sem sucesso.

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