Mundo

Irão liberta um jornalista e prende outro

Irão liberta um jornalista e prende outro
Mansoreh Motamedi

Keyvan Samimi, preso há dois ano, foi libertado, no mesmo dia em que Milad Alavi foi detido.

O ativista e jornalista iraniano Keyvan Samimi, detido há dois anos, desde dezembro de 2020, foi libertado, anunciou este domingo o jornal reformista Shargh, revelando que um outro jornalista foi detido.

O diário Shargh anunciou a prisão de um dos seus jornalistas, Milad Alavi, sem especificar as razões para a detenção, contando apenas que foi convocado pelo tribunal e que os agentes de segurança confiscaram o computador e telemóvel da sua casa em 13 de dezembro.

Já Keyvan Samimi, de 73 anos, saiu da prisão de Semnan, a mais de 200 quilómetros a leste de Teerão, depois de ter sido condenado a três anos de prisão por "conspiração contra a segurança nacional", revelou o jornal citado pela agência de notícias espanhola EFE.

O jornalista já tinha sido autorizado a regressar a casa, em fevereiro de 2022, devido a problemas de saúde, mas foi mandado de volta à prisão em maio depois de ter sido acusado de atividades contra a segurança nacional durante a sua libertação temporária, segundo a agência noticiosa Mehr.

Em dezembro, Samimi publicou uma mensagem da prisão em apoio ao movimento de protesto no Irão, que foi desencadeado pela morte de Mahsa Amini, em setembro: A mulher curda iraniana de 22 anos que morreu após ter sido presa pela polícia moral por violar o rigoroso código de vestuário da República Islâmica.

A EFE recorda que Samimi foi preso várias vezes, tanto antes como depois da Revolução Islâmica de 1979.

O jornal publicou em dezembro uma lista dos cerca de 40 jornalistas e fotojornalistas que estão presos no Irão e que estão ligados aos protestos.

No final de outubro, mais de 300 jornalistas e fotojornalistas iranianos criticaram as autoridades numa carta aberta por "prenderem (os seus) colegas e os privarem dos seus direitos", incluindo o "acesso aos seus advogados".

Últimas Notícias
Mais Vistos