Começou a demolição de Lützerath, na Alemanha. A aldeia foi ocupada por ativistas pelo clima, contra a ampliação de uma mina de carvão, e que tentam agora travar o trabalho da polícia.
Um vídeo divulgado no Youtube nas últimas horas pode abrandar a retirada de pessoas, que estava a decorrer com mais rapidez do que o inicialmente pensado pelos ativistas. Duas pessoas, que falam em alemão, anunciam que estão no subsolo de Lützerath.
Há meses que o momento da retirada estava a ser antecipado pelos ocupantes, que construíram abrigos em árvores e barricadas. Agora, sabe-se que um sistema de túneis terá sido também preparado, para que as autoridades sejam obrigadas a cuidados redobrados e a polícia já confirmou que poderá ser necessária a intervenção de forças especiais.
Após o anúncio da empresa energética RWE de que as minas de carvão seriam ampliadas, saíram da aldeia os moradores. A vila acabou por ser ocupada por ativistas, que durante esta semana têm estado a ser retirados. Primeiro, saíram os que estavam em tendas e em construções erguidas em árvores, esta quinta-feira as autoridades começaram a entrar nos edifícios e a levar as pessoas em braços.
A RWE é a maior empresa do setor energético na Alemanha. Anunciou o fim da produção de eletricidade através de lenhite até 2030, mas, por causa da guerra na Ucrânia e da crise energética está a aumentar as minas para a extração deste tipo de carvão nas redondezas de Lützerath. Esta e outras vilas, bem como a área florestal, serão demolidas no processo.
Os ativistas dizem que as metas do acordo de Paris ficam em risco. Para sábado, está prevista a visita de Greta Thunberg a Lützerath, onde já esteve em setembro de 2021.