A jovem ativista climática, Greta Thunberg, foi detida esta terça-feira na Alemanha. Segundo a agência Reuters, Greta participava num protesto contra uma mina de carvão a céu aberto próximo de Lützerath.
Uma testemunha, citada pela Reuters, diz ter visto a jovem ativista sentada num autocarro da polícia.
Já no passado domingo, Thunberg foi expulsa pela polícia da manifestação que decorre há vários dias em Lützerath, vila perto de Düsseldorf.
O objetivo do Governo alemão é expandir a mina de carvão Garzweiler, o que implicará a destruição da vila.
Em declarações ao Daily Telegrapah, a jovem ativista acusa o partido ecologista Os Verdes de compactuar com as ações da empresa de combustíveis fósseis RWE, ao permitirem a destruição da vila em troca do fim do uso de carvão em 2030.
O grupo de manifestantes tem levado a cabo protestos pacíficos que, segundo imagens partilhadas pela própria Greta, têm tido uma resposta violenta por parte da polícia alemã.
A polícia justificou a detenção dos manifestantes argumentando que se encontravam num sítio perigoso, pelo que procederam a retirá-los pela força, um de cada vez.
Segundo a televisão pública regional WDR, Thunberg e os outros ativistas foram levados até 50 metros do local, onde os agentes da autoridade procederam ao controlo dos seus documentos de identificação.
A população de Lützerath ficou impedida de aceder ao local, depois de as suas casas, celeiros e construções de madeira serem demolidas, ao longo de vários dias em que centenas de ativistas resistiram ao seu desalojamento, enfrentando um forte dispositivo policial.
A operação foi considerada concluída na segunda-feira, quando saíram voluntariamente de um túnel os últimos dois ativistas que se tinham entrincheirado num canto da povoação.