Um alto funcionário da defesa dos EUA disse aos jornalistas do Pentágono que o departamento está convicto de que se trata de um balão chinês de alta altitude que sobrevoava locais sensíveis para recolher informações. O balão foi avistado, por exemplo, em Montana, num local onde estão guardados os mísseis nucleares do países, na Base Aérea de Malmstrom.
O general Patrick Ryder, assessor do Pentágono, fez uma breve declarações sobre o assunto, garantindo que continuam a monitorizar o balão.
“Atualmente [o balão] está a voar a uma altitude acima do tráfego aéreo comercial e não representa uma ameaça militar ou física para as pessoas”, explicou.
Esta não é a primeira vez que foram observados balões de vigilância e, por isso, os Estados Unidos tomaram medidas para garantir que não conseguissem recolher informações confidenciais, disse ainda o general Patrick Ryder. As autoridades chinesas terão sido informadas sobre a gravidade da situação.
O alto funcionário disse que os EUA tinham preparado caças, incluindo F-22, para abater o balão se a Casa Branca desse ordem. Porém, o Pentágono recomendou que o plano fosse travado uma vez que, mesmo estando a sobrevoar uma área com pouca população em Montana, o tamanho do balão criaria detritos grandes o suficiente para colocar pessoas em risco.
O oficial não especificou o tamanho do balão, mas disse que era grande o suficiente para que, apesar da altitude, os pilotos comerciais pudessem vê-lo.
O anúncio do Pentágono acontece dias antes de o secretário de Estado, Antony Blinken, viajar para a China. Os Estados Unidos têm expandido a presença militar na Ásia com o objetivo de combater Pequim e tranquilizar os aliados do Indo-Pacífico.