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Balões e espionagem: China entra na troca de acusações com os EUA

Foi a vez da China lançar acusações sobre os Estados Unidos, depois de estes terem acusado Pequim de lançar balões de espionagem sobre território norte-americano.

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A China diz que vários balões norte-americanos de alta altitude sobrevoaram o espaço aéreo chinês e que vai tomar medidas para garantir a soberania do território. É a última troca de acusações na crescente tensão diplomática entre os dois países, com acusações mútuas de espionagem.

Pequim diz que Washington tem violado repetidamente o espaço aéreo chinês e que foram detetados vários balões de alta altitude em diversas regiões chinesas. O Governo de Xi Jinping reforçou, esta quarta-feira, que tudo fará para garantir a soberania territorial.

A Casa Branca nega as acusações, tal como a China continua a dizer que o balão abatido há mais de uma semana nos EUA era um aparelho civil de observação meteorológica.

Quanto aos outros objetos, abatidos pela Força Aérea norte-americana, Washington diz que, afinal, não há razão para alarme.

“Queremos garantir aos americanos que não há razão para pânico. O Presidente tomou a decisão [de abater os objetos] porque voavam no espaço aéreo dos voos comerciais”, explicou Karine Jean-Pierre, porta-voz da Casa Branca.

Entretanto, também esta quarta-feira, o Japão fez saber que um objeto detetado no sudoeste do país, em janeiro, era um balão de espionagem chinês. Tóquio diz que as violações do espaço aéreo são inaceitáveis e que há fortes suspeitas que de esta já terá sido pelo menos a terceira vez, desde 2019, que foram detetados balões de espionagem chineses sobre território japonês.