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Grupos religiosos radicais podem estar por detrás de envenenamentos de alunas no Irão

Desde novembro, mais de mil alunas iranianas apresentaram sintomas de envenenamento e há casos registados em, pelo menos, 26 escolas do país.

Mulheres iranianas passeiam no santuário de Saint Saleh, no norte de Teerão, Irão.
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Depois de um aviso dos Estados Unidos, o Irão diz que vai investigar a onda de envenenamentos a raparigas nas escolas. Há suspeitas de que se trate de uma tentativa deliberada para encerrar escolas femininas.

Desde novembro, mais de mil alunas iranianas apresentaram sintomas de envenenamento e há casos registados em, pelo menos, 26 escolas do país.

“Primeiro sentimos cheiro de gás na sala de aula, depois uma das alunas ficou enjoada e tonta”, contou uma estudante iraniana de uma escola de Farsi.

Alguns pais tiraram as filhas da escola por receio e há suspeitas de que os envenenamentos tenham sido planeados por grupos religiosos radicais contra o acesso das mulheres à educação.

Governo iraniano anunciou inquérito

O governo iraniano tem rejeitado a tese e, inclusive, chegou a dizer que os relatos são um exagero que faz parte de uma guerra psicológica liderada pela comunicação social estrangeira.

Entretanto, os Estados Unidos pressionaram o Irão a investigar. O ministro iraniano do Interior anunciou um inquérito e disse que o mesmo será feito por um comité especial constituído pelos melhores toxicologistas e professores universitários do país