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Twitter apresenta "novas" regras contra discursos de ódio

Serão estas “novas” regras uma novidade? As normas contra discursos violentos já existiam no Twitter em outubro de 2021, um ano antes da chegada de Elon Musk à liderança da empresa.

Twitter apresenta "novas" regras contra discursos de ódio
Godofredo A. Vásquez

O Twitter apresentou na quarta-feira uma nova política, que proíbe "o discurso violento" na sua plataforma, se bem que as regras parecem muito similares às existentes antes de Elon Musk passar a controlar a empresa.

Entre as atualizações está a proibição de "linguagem codificada", usada para incitar à violência de forma indireta. Também passam a ser proibidas "ameaças à destruição de casas e abrigos de civis ou de infraestruturas que são essenciais às atividades diárias, cívicas ou empresariais".

As novidades ocorrem quando a empresa, baseada em San Francisco, se prepara para cumprir as novas regras da União Europeia, que entram em vigor este outono.

Estas novas regras exigem que as empresas controlem a divulgação nas suas plataformas de material que promova o terrorismo, o abuso sexual, o discurso de ódio ou falsificações comerciais.

No entanto, em outubro de 2021, um ano antes de Musk comprar a empresa por 44 mil milhões de dólares, o Twitter já tinha uma versão destas regras no seu manual.

A regra antiga determinava uma “política de tolerância zero contra ameaças violentas”.

"Os que divulgarem ameaças violentas enfrentam uma suspensão imediata e permanente das suas contas".

Depois de perder a maioria da sua força laboral, através de despedimentos coletivos e saídas voluntárias, não está claro que o Twitter seja capaz de obrigar os utilizadores a cumprirem as regras.