Recusou desviar-se para deixar passar ciclista, que acabou por cair para a estrada e ser atropelada. Um vídeo, que está a ser partilhado pela SkyNews, mostra como tudo se passou. A polícia reconhece que o “caso é difícil” e que uma morte podia ter sido evitada.
Recuemos até ao dia 20 de outubro de 2020 à localidade de Huntingdon, a cerca de 100 quilómetros de Londres. Nessa tarde, Auriol Grey, de 49 anos, circulava no passeio quando se cruzou com Celia Ward, que seguia no mesmo passeio mas em sentido contrário e de bicicleta.
Mas, como mostra um vídeo partilhado pela SkyNews, ao ver Celia, de 77 anos, aproximar-se, Auriol reclama – “saia do passeio” - e não se desvia um milímetro para deixar passar a ciclista. E, quando se cruzam, Celia acaba por tombar e cair para a estrada, onde foi atropelada mortalmente por um carro.
Em tribunal foi ouvido o condutor da viatura que garantiu não ter tido qualquer hipótese de reagir a tempo e evitar o pior. Os meios de socorro ainda foram chamados ao local, mas o óbito foi ali declarado. Já Auriol não esperou pelo socorro, tendo abandonado o local.
Hoje, Auriol foi acusada de homicídio involuntário e condenada a três anos de prisão. O juiz considerou que o passeio, onde ambas circulavam, era uma via partilhada, neste caso por peões e ciclistas.
A advogada de defesa já anunciou que vai recorrer da sentença, sustentando que não foi intenção da cliente causar quaisquer danos e por não existir um risco óbvio de possíveis danos.
A verdade é que também a polícia reconhece que o caso, apesar de “trágico”, é “difícil” de avaliar. Ainda assim, a autoridade considera que a postura de Auriol perante a aproximação de Celia foi totalmente “desproporcional” e resultou numa “morte prematura e desnecessária”.
A polícia espera, porém, que este caso servia de exemplo para todos, peões e ciclistas.