Israel diz que não existem planos para voltar a construir colonatos nas áreas da Cisjordânia evacuados em 2005, um dia depois do Parlamento ter revogado a lei que levou, na altura, ao desmantelamento de quatro colonatos.
A controversa votação que revoga uma parte fundamental da legislação que, em 2005 levou ao desmantelamento de quatro colonatos judaicos na Cisjordânia, aconteceu durante a noite desta terça-feira, sem que mais de metade dos 120 deputados que compõem o Parlamento tivessem votado.
A emenda elimina as cláusulas que impediam a presença de colonos israelitas em Ganim, Homesh, Kadim e Sa Nur, evacuados há 17 anos no quadro da retirada de colonatos e militares da Faixa de Gaza.
Em 2005, o Governo liderado por Ariel Sharon tomou a decisão de retirar da Faixa de Gaza e de desmantelar colonatos do Norte da Cisjordânia com o argumento de que, sem este passo jamais seria possível construir uma relação pacífica com os palestinianos.
A decisão teve a oposição da esmagadora maioria dos colonos e da extrema-direita que, quase duas décadas depois, chegou ao Governo pela mão de Benjamin Netanyahu.
Israel diz que, apesar da votação, não tem planos para voltar a construir colonatos nas áreas evacuadas em 2005. Para os críticos do novo Governo israelita, este é mais um sinal de que a agenda nacionalista da extrema-direita continua a ganhar terreno.