Minutos antes da entrada no tribunal e da audiência que entra na história da democracia nos Estados Unidos, Donald Trump usou as redes sociais para descrever como surreal o que estava prestes a acontecer: um ex-presidente a entregar-se às autoridades para se declarar inocente ou culpado.
Sob forte proteção policial, a caravana de oito viaturas que transportava Donald Trump e os seus assessores chegou ao tribunal pelas 13h20 (hora local, 18h20 em Lisboa), onde era esperado por milhares de pessoas, entre apoiantes, opositores e jornalistas.
"Donald Trump é uma anedota, é uma anedota muito perigosa. Ele tem gozado com toda a gente, transforma tudo numa farsa, para chamar a atenção para ele próprio", referiu opositora do ex-presidente.
As horas que antecederam a audiência ficaram marcadas por manifestações que decorreram lado a lado, mas com sentidos opostos. Antecipando eventuais focos de tensão, Nova Iorque preparou-se para o pior dos cenários junto ao tribunal e à Trump Tower. Uma moradora, que tem acompanhado o caso, está “ansiosa” que seja feita justiça.
"Enquanto habitante deste bairro estou um pouco nervosa, pois estamos todos a receber avisos e eu tenho visto o que tem acontecido aqui na rua. Tenho estado atenta para ser cuidadosa", diz moradora.
"Ninguém está acima da lei, nem um ex-Presidente impugnado por duas vezes. O que se passa é que ele cometeu tantos crimes e escapou impune. Muitas pessoas já o ilibaram, mas penso que está na hora de ele enfrentar a justiça", refere outro morador.
Donald Trump, recorreu à sua conta de Facebook, para dizer que está a ser alvo de perseguição política, mas independentemente das consequências judiciais deste caso, o ex-presidente poderá voltar a ser candidato à reeleição.