Pelo menos 20 pessoas foram hoje detidas em Paris durante as manifestações contra a reforma das pensões que mobilizaram cerca de 400.000 pessoas na capital francesa, de acordo com números dos sindicatos.
Apesar de a manifestação ter sido geralmente pacífica, registaram-se alguns incidentes e momentos de tensão, como quando os manifestantes incendiaram um restaurante ou danificaram a montra de um banco, segundo o diário Le Parisien.
Segundo a polícia de Paris, vários agentes ficaram feridos, incluindo uma agente atingida no capacete com uma pedra da calçada. Em Paris e em outras cidades, manifestantes danificaram mobiliário urbano, montras e agências bancárias, ao que a polícia respondeu lançando gás lacrimogéneo, como sucedeu em Nantes e Lyon.
Mais de 150 polícias feridos
Segundo Gérald Dalmanin, ministro do Interior e dos Territórios Ultramarinos da França, há até ao momento a registar 154 feridos entre as forças de segurança, alguns dos quais “com gravidade".
Segundo o ministro, que divulgou a informação no Twitter, pelo menos 111 manifestantes foram detidos.
Cerca de 400.000 pessoas protestaram esta quinta-feira em Paris contra a revisão da lei das pensões em França, indicou o sindicato Confederação Geral do Trabalho (CGT), ainda sem números das autoridades disponíveis.
Manifestantes interromperam o tráfego no principal aeroporto de Paris e há protestos em curso noutras cidades francesas contra a revisão da lei das aposentações imposta pelo Governo do Presidente francês, Emmanuel Macron.
A 11ª. jornada de manifestações
Um representante da CGT no aeroporto, Loris Foreman, disse ao canal BFM-TV que os manifestantes queriam "mostrar ao mundo e à Europa" que não querem estar a trabalhar aos 64 anos.
Hoje, realiza-se a 11.ª jornada de manifestações e greves em todo o país, convocada pelas centrais e associações sindicais, em protesto contra o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos.