Já são mais de três meses de manifestações contra a reforma no tribunal supremo que Netanyahu quer aprovar, en Israel. Apesar da situação de alerta dos últimos dias, e das férias da Páscoa, dezenas de milhares de israelitas concentraram-se em Telavive, numa zona que querem batizar com o "cruzamento da democracia". O Henrique Cymerman acompanhou o protesto deste sábado em Tel Aviv.
Os organizadores destas manifestações tinham um grande dilema: levar a cabo ou não estes protestos em Tel Aviv contra a revolução judicial do Governo.
Nos últimos dias o países viveu uma onda de ataques de rockets na faixa de Gaza e pela primeira vez nos últimos 17 anos houve 34 rockets lançados desde o Líbano sobre o norte de Israel
À parte disso, na sexta feira à noite, um palestiniano atropelou turistas europeus provocando a morte de um italiano.
O Governo suspendeu a reforma, mas o que move os manifestantes é o medo de que o Executivo de Natanyahu tente aprovar essa reforma na mesma - o que pode tornar o país numa ditadura.
Mais de duzentas mil pessoas protestam em Israel contra reforma judicial
Mais de duzentas mil pessoas protestaram este sábado nas ruas de Tel Aviv contra a reforma judicial em Israel, promovida pelo Governo de Benjamin Netanyahu, notícia a agência AFP.
"Salve a democracia", "Liberdade para todos" e "Netanyahu leva-nos à guerra", diziam cartazes segurados no protesto desta noite que, segundo os organizadores, juntou cerca de 258 mil pessoas.
Os protestos deste sábado seguiram-se a três meses de manifestações massivas contra a reforma judicial promovida pelo Governo de Benjamin Netanyahu que pretende conferir mais poder ao executivo em detrimento da justiça, cuja independência estaria profundamente prejudicada.