
Uma pessoa morreu e sete ficaram feridas na sequência de um tiroteio esta noite no centro de Telavive, em Israel. Este é o ataque mais recente da escalada de violência dos últimos dias no Médio Oriente.
O atacante foi morto pelas autoridades. Trata-se de um homem árabe de Israel que seguia de carro e atingiu de forma indiscriminada quem passeava junto à praia.

A polícia israelita, citada pela agência de notícias francesa AFP, fala de um "atentado terrorista contra civis, um atentado a partir de um veículo em movimento", e disse estar a investigar as circunstâncias do caso.
As vítima mortal é um turista italiano com cerca de 30 anos, e os sete feridos também são turistas, designadamente de Itália e do Reino Unido.

A primeira-ministra italiana fala num “ato cobarde”. Também os Estados Unidos também já reagiram, condenando ataques contra civis inocentes e dizem estar ao lado de Israel.
Entretanto, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, “deu ordens à polícia israelita para mobilizar todas as unidades de reserva da polícia nas fronteiras e ao exército para mobilizar forças adicionais para fazer face aos atentados terroristas”.
Escalada de violência a aumentar
Este atentado ocorreu numa noite de Shabbat e durante a semana da Páscoa judaica, num contexto de escalada da violência no Médio Oriente nos últimos dias.
Horas antes, duas irmãs israelo-britânicas de 16 e 20 anos, originárias do colonato israelita de Efrat, tinham sido mortas e a sua mãe gravemente ferida num ataque palestiniano na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967.
Estes dois ataques surgem após ataques israelitas à Faixa de Gaza e ao Líbano contra alvos do movimento islâmico palestiniano Hamas, em resposta ao disparo de 34 'rockets' do Líbano sobre território israelita.
Esta intensificação da violência segue-se à irrupção brutal das forças israelitas na quarta-feira na mesquita Al-Aqsa, em Jerusalém, terceiro lugar santo do Islão, para expulsar à força os fiéis palestinianos que lá se encontravam a rezar, ferindo pelo menos 37 pessoas.
As condenações internacionais da violência israelita sobre os palestinianos multiplicaram-se, e o Hamas, no poder na Faixa de Gaza, condenou "um crime sem precedentes" de Israel, em pleno Ramadão.