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Biden telefona a família do repórter detido como espião na Rússia

Joe Biden, Presidente dos EUA
Joe Biden, Presidente dos EUA
Alex Brandon

Biden quis deixar “bem claro que é totalmente ilegal o que está a acontecer” com Gershkovich. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a jornalistas que Biden "sentiu que era realmente importante se conectar com a família de Evan, com os seus pais".

O Presidente norte-americano, Joe Biden, conversou esta terça-feira com os pais do repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich, quase duas semanas após o jornalista radicado em Moscovo ter sido detido na Rússia e acusado de espionagem.

Biden fez a ligação enquanto voava para Belfast para iniciar uma viagem de quatro dias à Irlanda e à Irlanda do Norte.

A ligação aconteceu um dia após o Governo de Biden ter declarado formalmente que o repórter havia sido "detido injustamente".

A designação eleva o caso de Gershkovich para o Governo norte-americano e significa que um determinado escritório do Departamento de Estado assumirá a liderança do caso na busca pela sua libertação.

Antes de deixar Washington, Biden voltou a condenar a detenção do jornalista. Tanto o executivo dos Estados Unidos, quanto o Wall Street Journal, negaram veementemente a acusação russa de que Gershkovich é um espião.

"Estamos a deixar bem claro que é totalmente ilegal o que está a acontecer", disse Biden e acrescentou que “isso muda a dinâmica”.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a jornalistas que Biden "sentiu que era realmente importante se conectar com a família de Evan, com os seus pais".

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que o Governo russo ainda não concedeu o acesso consular dos Estados Unidos a Gershkovich.

"Não é por falta de tentativa", disse Kirby, acrescentando que o Departamento de Estado está a procurar acesso "desde o momento em que descobriu que ele foi detido".

As autoridades russas prenderam Gershkovich em Yekaterinburg, a quarta maior cidade da Rússia, em 29 de março. Ele é o primeiro correspondente norte-americano desde a Guerra Fria a ser detido por suposta espionagem.

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