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Palestiniano morre numa prisão israelita após três meses em greve de fome

É a primeira morte em três décadas de um palestiniano na sequência de uma greve de fome numa prisão israelita. A morte de Khader Adnan desencadeou ataques da jihad islâmica e dos Hamas no sul de Israel.

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A morte de um prisioneiro palestiniano ao fim de 87 dias de greve de fome numa prisão de Israel provocou uma nova vaga de violência. Da Faixa de Gaza foram disparados mais de uma centena de engenhos explosivos para território israelita.

Adam Mubarak perdeu o pai esta madrugada, poucos segundos depois de um bombardeamento aéreo israelita ter caído sobre um armazém utilizado pelo Hamas para guardar munições.

A explosão fez voar destroços que aterraram no frágil telhado de zinco desta casa situada a dezenas de metros do local atingido pelo míssil.

A vítima de 58 anos não teria ligações a grupos militantes.

Os bombardeamentos de Israel sobre a Faixa de Gaza foram a reposta aos rockets lançados pela Jihad Islâmica e pelo Hamas (cerca de uma centena) para território israelita.

Os ataques que provocaram pelo menos um ferido grave, no sul de Israel, foram uma retaliação pela morte de Khader Adnan. Este palestiniano de Hebron, na Cisjordânia, morreu numa prisão israelita na sequência de uma longa greve de fome.

Adnan, que ligações políticas à Jihad Islâmica e que por causa disso tinha sido detido inúmeras vezes pelas autoridades israelitas, cumpria a quinta greve de fome.

Morreu ao fim de 87 dias de protesto contra as condições de detenção. É a primeira morte de um palestiniano na sequência de uma greve de fome numa prisão israelita em três décadas.