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Turquia: Rússia desmente interferência nas eleições a favor de Erdogan

Após a acusação do opositor do atual Presidente da Turquia, o Kremlin apressou-se a desmentir a acusação de que está a interferir com notícias falsas através da internet.

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A Rússia já desmentiu qualquer interferência no processo eleitoral da Turquia. O principal candidato da oposição acusou o Kremlin esta sexta-feira de tentar influenciar a votação do próximo domingo.

As sondagens já indicam a hipótese de o atual presidente não ser reeleito. Em entrevista à agência Reuters, Kemal Kılıçdaroğlu acusou a Rússia de criar notícias falsas na Internet. Da mesma forma, diz que o Kremlin está a tentar interferir no processo eleitoral de 14 de Maio para favorecer o atual presidente Erdogan, politicamente mais próximo de Vladimir Putin.

As alegações foram de imediato desmentidas pelo porta-voz do Kremlin.

As eleições, até agora

Kılıçdaroğlu tem 74 anos e é apoiado por seis partidos, desde da direita nacionalista à esquerda democrata e aos movimentos curdos, a coligação é dominada pelo Partido Republicano do Povo, fundado pelo “pai da nação turca”, Kemal Atatürk.

Entre os 64 milhões de eleitores, dizem os analistas, há fatores decisivos que influenciam a votação deste ano.

Mais de 10% dos eleitores, seis milhões de turcos, votam pela primeira vez.

Nas onze províncias arrasadas pelo terramoto de fevereiro passado, há milhões de pessoas que ficaram sem casa e descontentes com as operações de busca e salvamento.

A votação é ainda marcada pela crise económica e pela inflação.

Além das presidenciais, há eleições legislativas no próximo domingo para escolher os 600 deputados da Grande Assembleia Nacional, para as quais concorrem 24 partidos. O boletim de voto tem um metro de comprimento.