Um dos vulcões mais perigosos do mundo está a alterar a vida das pessoas no México. Há aeroportos encerrados, escolas fechadas e várias localidades em alerta, que, mesmo a muitos quilómetros de distância, são atingidas pelo fumo.
O Popocatepetl tem atividade visível há 30 anos. No entanto, as erupções estão a ser cada vez mais intensas e esta já é a sexta vez que as autoridades colocam a região em alerta, desde 2000, por causa do vulcão.
Também conhecido como o El Popo, este é o segundo vulcão mais alto do México. É extremamente perigoso por estar próximo de várias cidades e vilas densamente povoadas.
Uma grande erupção poderia afetar cerca de 25 milhões de pessoas, que vivem num raio de 100 quilómetros em redor da montanha.
“Todos os dias temos que varrer as ruas”
Segundo os especialistas, os maiores problemas são o fumo e as cinzas, que já obrigaram ao encerramento de vários aeroportos e ao cancelamento das aulas na maioria das escolas.
A população tenta conviver com o vulcão e solucionar os problemas causados por El Popo.
“[O vulcão] libertou muitas cinzas, não era possível sair e agora todos os dias temos de varrer as ruas”, relata uma das muitas pessoas afetadas.
El Popo é vigiado 24 horas por dia
Com uma cratera de 900 metros de diâmetro e uma altitude de mais de 5 mil e 400 metros acima do nível do mar, o El Popo, um dos cinco vulcões que mais emitem gases em todo o mundo, é o mais vigiado do México.
A preocupação em torno do vulcão é em parte explicada pela sua localização. El Popo fica no centro do México, a menos de 10 quilómetros da capital, entre os estados de Morelos, Puebla e o Estado do México.
24 horas por dia, a montanha é monitorizada por sensores e camâras. E os dados acompanhados e analisados por uma equipa de 13 cientistas de várias áreas ligadas à atividade vulcânica.