Não é a primeira vez que a influencer e empresária italiana Chiara Ferragni, que tem mais de 29 milhões de seguidores no Instagram, publica uma fotografia com pouca (ou nenhuma) roupa. Só que, desta vez, parece que as atenções estão mais viradas para a caixa de comentários… e tudo por causa de uma menina de 11 anos.
Chiara, de 36 anos, surge na fotografia apenas com umas cuecas vestidas, em frente a um espelho. Uma das mãos segura o telemóvel com o qual se fotografa, a outra cobre o peito. A legenda pouco diz, apenas um elogio às “selfies ao espelho”.
Giulia, de apenas 11 anos, resolveu deixar a sua opinião entre os milhares de comentários, desagradada com a publicação da influencer, que terá uma fortuna superior a 18 milhões de euros graças à sua marca, que vende desde roupa a sapatos, passando por joias e outros acessórios, e a um reality show.
“Qual é a mensagem para nós, raparigas? Para chamarmos à atenção temos de nos despir?”, escreveu a criança, acrescentando que a sua “mãe tem 34 anos e se publicasse uma foto assim” a faria sentir “terrível”.
Mas a mensagem não passou despercebida e Chiara Ferragni, que se apresenta como uma acérrima defensora do feminismo, respondeu-lhe.
“A mensagem para todos, quer sejam ou não raparigas, é simples: ninguém pode julgar-nos ou fazer-nos sentir mal. Publicar uma foto como esta não devia envergonhar ninguém e demonstra que todos somos livres para ser nós próprios. Incomodo os puritanos? Missão cumprida então”, afirmou a empresária.
A troca de mensagens aconteceu no sábado e, tal como uma bola de neve digital, a polémica não parou de crescer nas redes sociais. De tal forma que, dois dias depois, a conta da menina foi banida do Instagram por incumprimento do limite de idade, já que segundo as regras da rede social só a partir dos 13 anos é permitido ter um perfil.
A família da criança, que vive na Suíça, deu uma entrevista ao jornal italiano Corriere Della Sera, na qual garantiu que a conta da menor era gerida pelos pais.
“Não posso aceitar que a minha filha, apenas por ter expressado uma opinião que é partilhada por tantas pessoas, tenha sido silenciada, banida, eliminada”, criticou a mãe da menina.
Como seria de esperar, ainda que já não seja possível encontrar os dois comentários que deram início à confusão, a fotografia em causa tornou-se num centro de debate com apoiantes dos dois lados da barricada e muito pouco consenso.
