Mais de 100 milhões de norte-americanos foram afetados esta quarta-feira pelo fumo provocado pelos incêndios no Canadá. A Agênia de Proteção Ambiental (EPA) adianta à AFP que os alertas sobre a qualidade do ar foram emitidos para a maior parte do nordeste dos EUA, de Chicago a Atlanta.
A qualidade do ar nesta zona "é principalmente afetada pelos incêndios florestais canadianos, embora outras emissões locais de poluição e a meteorologia possam também desempenhar um papel", disse a EPA.
As populações afetadas estão perante um alerta laranja, que corresponde a um possível impacto na saúde das pessoas vulneráveis.
Esta quarta-feira, muitas cidades norte-americanas como Nova Iorque e Washington foram afetadas por um alerta vermelho, um nível que indica que a população em geral pode sentir os efeitos na saúde.
A Casa Branca exortou os norte-americanos a "tomarem precauções" face à deterioração da qualidade do ar na costa leste dos Estados Unidos, em consequência dos incêndios no Canadá.
"Pedimos a todos nas áreas afetadas que estejam atentos às condições locais. Certifique-se de que vizinhos, amigos, familiares estão bem. Tome precauções, especialmente se tiver algum problema de saúde", disse a porta-voz do executivo americano, Karine-Jean Pierre.
Quebec, no Canadá, tornou-se no epicentro dos incêndios florestais que atingem o Canadá e que se espera levem à retiradas de suas casas de milhares de pessoas nas próximas horas.
Este ano, no Canadá registaram-se 2.293 incêndios florestais e cerca de 3,8 milhões de hectares ardidos, acima da média das últimas décadas.
Além de cidades canadianas, zonas dos Estados Unidos, incluindo Nova Iorque, entraram esta quarta-feira em estado de alerta por causa do fumo dos incêndios, que levou escolas a encerrar recreios e desportos ao ar livre.
Bombeiros e equipamentos americanos foram enviados para o Canadá, segundo Karine-Jean Pierre.
