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Funeral de Berlusconi marcado para quarta-feira na catedral de Milão

Ainda não se sabe o horário do funeral de Estado do antigo primeiro-ministro de Itália que sofria de leucemia crónica e já estava internado há 44 dias.

Silvio Berlusconi
Silvio Berlusconi
OLIVIER HOSLET

O funeral de Silvio Berlusconi, antigo primeiro-ministro de Itália, que morreu esta segunda-feira aos 86 anos, terá lugar quarta-feira na catedral de Milão, segundo a diocese da cidade italiana.

O horário do funeral ainda não foi divulgado, afirmou a diocese de Milão aos meios de comunicação. Espera-se que seja um funeral de Estado, já que Silvio Berlusconi foi três vezes primeiro-ministro de Itália, entre outros políticos exercidos.

Ainda esta segunda-feira, o corpo de Berlusconi estará em câmara ardente na sua mansão, na Villa Martino de Arcore, cidade próxima a Monza, a norte de Milão. Na terça-feira, a câmara ardente será na sede da sua rede de televisão, a Mediaset, segundo as mesmas fontes. O autarca de Milão, Giuseppe Sala, ofereceu as instalações da autarquia, muito perto da catedral, para as exéquias.

Após a sua morte, na manhã desta segunda-feira no hospital San Raffaele, em Milão, alguns apoiantes reuniram-se à porta do centro médico, com mensagens e bandeiras italianas e do partido de Berlusconi, Forza Itália.Outros apoiantes já começaram a deixar flores nos portões da sua mansão.

Em Roma, cidade onde desenvolveu a sua carreira política, a bandeira italiana está a meia haste no Senado, onde ocupou um assento desde as últimas eleições, em outubro de 2022.

Silvio Berlusconi foi uma figura polémica, magnata dos 'media', conservador e de direita e primeiro-ministro de Itália durante nove anos (1994-1995, 2001-2006, 2008-2011).

Foi alvo de acusações de corrupção e esteve no centro de escândalos sexuais que culminariam na sua expulsão do Senado italiano, em 2013.

Em 2022, o multimilionário regressou à ribalta política como senador e líder do partido que fundou, Forza Itália, membro da coligação de direita e extrema-direita atualmente no poder, liderada pela primeira-ministra Giorgia Meloni.