O ex-Presidente dos Estados Unidos (2009-2017) Barack Obama, pediu quinta-feira para "redobrar os esforços" contra a discriminação racial após a decisão do Supremo Tribunal de proibir programas de quotas raciais nas universidades.
Numa mensagem no Twitter, Barack Obama, o único Presidente negro norte-americano, reconheceu que a discriminação positiva "nunca foi uma resposta completa" na luta por uma sociedade mais justa, mas observou que tal política deu a oportunidade a alunos "sistematicamente excluídos" durante gerações, incluindo a ele próprio, tivessem a oportunidade de mostrar que "mereciam" um lugar.
"Em luto pela recente decisão do STF, é hora de redobrarmos os esforços", disse o ex-presidente, que também publicou a mensagem que a esposa publicou horas antes criticando a decisão assim que foi conhecida.
A reação de Kamala Harris
A vice-presidente do país, Kamala Harris, falou na mesma linha, apelando ao trabalho "com mais urgência do que nunca" para garantir que "todos os jovens tenham a oportunidade de prosperar"
Kamala Harris disse que a decisão da Suprema Corte é um "recuo" para o país que "restaura" um precedente que tornará muito "mais difícil" para estudantes de minorias acederem a "oportunidades que lhes permitiriam desenvolver todo o seu potencial".
E acrescentou que "todos" os alunos beneficiam quando as universidades "refletem a incrível diversidade" da América, e que tornar as faculdades menos diversificadas presta um péssimo serviço aos alunos.
Também o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse "discordar totalmente da decisão" da Suprema Corte, que "entendeu mal a discriminação positiva".
Joe Biden pediu às universidades que continuem a garantir a diversidade racial entre os alunos, apesar da decisão da Suprema Corte.