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Espanha: Ponsati do partido pró-independência catalão é presa ao retornar ao país

Clara Ponsati é membro do Parlamento Europeu pelo partido Junts per Catalunya, que poderá ser essencial para a formação de governo de Pedro Sánchez.

Espanha: Ponsati do partido pró-independência catalão é presa ao retornar ao país
Russell Cheyne

Clara Ponsati, membro do Parlamento Europeu pelo partido pró-independência catalão Junts per Catalunya, disse na segunda-feira na sua conta no Twitter que foi "presa ilegalmente" em Barcelona logo após retornar à Espanha.

Clara Ponsati, procurada na Espanha por acusações de rebelião por seu papel na fracassada tentativa de independência da Catalunha em 2017, recorreu ao Twitter esta segunda-feira para anunciar que foi novamente presa “ilegalmente” ao entrar no país.

Junts, partido a que pertence, pode ser fundamental para a formação de um novo governo após as eleições gerais de domingo, que resultaram em um parlamento dividido.

Quem é Clara?

A eurodeputada Clara Ponsatí, envolvida na tentativa de independência da Catalunha em 2017 e alvo de uma ordem de detenção pelas autoridades espanholas, regressou esta terça-feira a Espanha após cinco anos e foi detida pela polícia, nas ruas de Barcelona.

Clara Ponsatí, que em 2017 fazia parte do Governo regional catalão, está acusada de desobediência pela justiça espanhola, mas desde o início deste ano já não corre o risco de ser condenada a uma pena de prisão efetiva, devido a uma reforma do Código Penal que eliminou o crime de sedição.

Os resultados

As eleições legislativas de domingo em Espanha terminaram sem maiorias absolutas à esquerda ou à direita, deixando em aberto quem liderará o próximo Governo.

O PP, com 136 deputados, e o VOX, com 33, só conseguiram somar 169 deputados no Parlamento, ficando a sete dos 176 necessários para a maioria absoluta.

O partido socialista (PSOE), que lidera o governo atual, foi o segundo mais votado e elegeu 122 deputados, que com os 31 da plataforma de extrema-esquerda Sumar totalizam 153 lugares.

No entanto, PSOE e Sumar poderão ter mais lugares no parlamento do que a direita e a extrema-direita por causa dos deputados eleitos pelos partidos regionais que tiveram como aliados na última legislatura.

Segundo as contas dos meios de comunicação social espanhóis, o PP, o VOX e outros partidos que em 2019 votaram contra a investidura do atual Governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez têm agora 171 deputados, enquanto o bloco que viabilizou o executivo tem 172.