Na Grécia, um avião despenhou-se enquanto participava no combate aos incêndios na ilha grega de Eubeia. Já depois da confirmação da morte dos dois pilotos, de 27 e 34 anos, que seguiam no avião, as autoridades confirmavam a morte de mais uma pessoa, na mesma ilha. Um agricultor de 41 anos que estava desaparecido desde domingo, quando o grande incêndio florestal começou.
Há vários dias que centenas de bombeiros tentam controlar as chamas na ilha grega. Outros dois grandes incêndios estão ativos na Grécia, nas ilhas turísticas de Rodes e Corfu, das zonas afetadas já foram retiradas milhares de pessoas, a maioria turistas, obrigados a fugir sob um calor abrasador.
Em Rodes, as chamas, que não dão tréguas, engoliram árvores, danificaram casas e hotéis. Uma tragédia para quem viu quase tudo ser levado pelo fogo.
“Não me interessa o dinheiro, interessa-me a minha vida porque aqui estava a minha vida. Eu vivia aqui. E agora, não temos nada", disse um morador.
Dimitris viu o seu restaurante arder e agora diz ter ficado com a vida “parada”.
Apesar das garantias dadas pelo governo que se comprometeu a apoiar a população afetada, para Dimitris, que ficou com o restaurante de que é proprietário em cinzas, há agora um longo caminho a percorrer, carregado de incertezas.
“Não estamos à espera de nada em grande. Mas agora estamos a aguardar. Queremos acabar com o incêndio. Esse é o problema principal. Queremos que os incêndios parem”, disse Dimitris.
As autoridades falam em mais de 50 incêndios declarados na Grécia. Em 7 dias pelo menos 34 mil hectares de floresta e terras agrícolas foram queimados em todo o país que atravessa uma onda de calor extremo que deverá prolongar-se pelo menos até quinta-feira, altura em que se prevê uma descida significativa das temperaturas.