O ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ridiculariza as novas acusações judiciais de que foi alvo, num comício no estado da Pensilvânia, chave para as eleições de 2024. Acusa Joe Biden de ser corrupto e diz que não vai falhas as próximas eleições.
"Abriram a caixa de Pandora ao acusarem-me com estas acusações ridículas", advertiu Donald Trump, que continua a ser o favorito à nomeação presidencial republicana para as eleições de 2024, nas quais enfrentaria o atual detentor do cargo, o democrata Joe Biden.
O comício realizou-se no sábado, depois de o procurador especial Jack Smith ter anunciado, na quinta-feira, três novas acusações contra Trump, no caso de manipulação indevida de documentos confidenciais, pelo qual foi indiciado no mês passado, na Flórida.
Prometeu retaliar contra Biden
Trump voltou a argumentar, sem provas, que as múltiplas acusações legais têm motivações políticas e prometeu retaliar contra Biden e o filho, Hunter, se voltar a ser eleito.
O republicano prometeu, se voltar à Casa Branca, nomear um procurador especial para investigar Hunter, que foi acusado num tribunal do Delaware de dois crimes fiscais e de um outro relacionado com a posse de uma arma de fogo enquanto consumia drogas, o que é ilegal.
Aberta 2018, durante o mandato de Trump (2017-2021), esta investigação tem sido usada pelo republicano para atacar Biden e lançar dúvidas sobre os negócios estrangeiros de Hunter, especialmente as ligações com uma empresa de investimento chinesa e uma empresa de gás natural ucraniana.
Os documentos
Nas acusações apresentadas na quinta-feira, Trump declarou-se inocente e argumentou não ter feito nada de errado quando levou caixas cheias de documentos confidenciais para a mansão na Flórida, ao deixar a Casa Branca, em janeiro de 2021.
Em abril, em Nova Iorque, um grande júri acusou Trump de falsificar documentos comerciais num caso que envolveu a atriz pornográfica Stormy Daniels, com quem o ex-Presidente teve um caso em 2006.
Entretanto, em Washington, um grande júri debate há semanas se deve acusar o Trump num caso relacionado com o ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio, no qual apoiantes do republicano tentaram perturbar o processo legislativo para certificar a vitória de Biden nas eleições de 2020.
O ataque ao Capitólio causou a morte de cinco pessoas e pôs à prova a democracia norte-americana, embora o Congresso tenha conseguido certificar a vitória de Biden nas eleições presidenciais.