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Retirados nove dos 10 portugueses que pretendiam sair do Níger

Anteriormente, o MNE disse que eram 11 os cidadãos portugueses identificados no Níger, dez dos quais tinham manifestado interesse em sair do país.

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Nove dos dez portugueses que manifestaram vontade de sair do Níger já foram retirados do país africano, anunciou esta quinta-feira em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), que deu a retirada de cidadãos nacionais como "concluída".

"Foi concluída a retirada de nove dos dez cidadãos nacionais, que expressaram intenção de sair do Níger, estimando-se para breve a saída do último cidadão nacional", destaca-se na nota de imprensa.

O MNE considera que "a disponibilidade e apoio dos parceiros europeus, e em especial das autoridades francesas e da delegação da União Europeia em Niamey, foram fundamentais para a conclusão desta operação de evacuação que permitiu a saída de cidadãos nacionais e de cidadãos cabo-verdianos, em segurança, do território nigerino".

O Ministério recorda que hoje, data em que se assinala o Dia da Independência do Níger, "Portugal reitera a sua posição de condenação de toda e qualquer tentativa de subversão da ordem constitucional, a qual deve ser rapidamente restaurada".

"O diálogo entre as partes deve prevalecer, evitando a escalada de violência e garantindo a libertação do Presidente (eleito, Mohamed) Bazoum e demais ministros entretanto detidos", prossegue-se na nota.

Portugal manifesta ainda apoio às posições da União Africana e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, que salienta estarem "em linha com a União Europeia (UE)".

"O Ministério dos Negócios Estrangeiros continua a acompanhar a situação no Níger através da Embaixada de Portugal em Abuja, e em articulação com a Delegação da UE em Niamey", conclui-se na nota.

Anteriormente, o MNE disse que eram 11 os cidadãos portugueses identificados no Níger, dez dos quais tinham manifestado interesse em sair do país.

O golpe de Estado no Níger, liderado pelo general Abdourahamane Tiani, foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente os Estados Unidos e a União Europeia, que considera o país um baluarte essencial da estabilidade volátil da região do Sahel, tendo suspendido a ajuda orçamental a Niamey e alertado que poderia impor novas sanções.

Os países da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que iniciaram quarta-feira uma reunião de três dias, em Abuja, na Nigéria, para discutir a situação nigerina, reunidos numa cimeira extraordinária no domingo passado, também condenaram o golpe e deram uma semana aos responsáveis para restaurar o Presidente deposto Mohamed Bazoum, sob pena de recorrerem à força.