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Fenómenos climáticos extremos estão a afetar todo o mundo

Por todo o mundo, sucedem-se eventos climáticos extremos. Desde o granizo que encheu de branco aldeias perto de Veneza a ilhas do sul de Itália fustigadas pelo fogo.

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Enquanto que a pouco mais de 300 quilómetros, na vizinha Eslovénia, se registavam as maiores inundações da curta história do país da ex-Jugoslávia, a região junto a Veneza, na fronteira com a Itália, era fustigada por um manto branco de granizo em pleno agosto.

A sul, nas ilhas da Sardenha e Sicília, são as altas temperaturas que preocupam as autoridades, que combatem incêndios enquanto deslocam populações locais, ou turistas, das zonas mais afetadas.

A conjugação com vento forte tem propiciado o descontrolo de muitos fogos na orla do Mediterrâneo, mas na Turquia, uma rajada - registada por uma câmara de segurança - foi suficiente para fazer voar um homem que estava agarrado a um chapéu de sol, mas que apesar do aparato, acabou ileso depois de ter percorrido mais de três metros no ar.

A colisão entre dois helicópteros que estavam a combater um incêndio na Califórnia acabou por ter consequências mais funestas: os três ocupantes de um deles morreram no embate. Já o segundo aparelho conseguiu recuperar o controlo e pousar em segurança.

As altas temperaturas registadas no continente americano, designadamente no estado norte-americano do Arizona, levaram as autoridades de saúde a desenvolver técnicas para baixar a temperatura corporal de alguns dos pacientes que chegam às urgências dos hospitais. A situação é mais grave na capital Phoenix, onde reside uma numerosa população em situação de sem abrigo, sem condições de minorar os efeitos nefastos do calor na saúde.

Parece contraintuitivo, mas o excesso de calor pode ser responsável por muitas inundações, particularmente em regiões com glaciares em acelerado derretimento como o Alasca. Este fim de semana as águas do rio da cidade de Juneau engoliram um prédio inteiro, que já tinha sido evacuado pelas autoridades do estado norte-americano.

Do outro lado do Pacífico a situação não é mais tranquilizadora. O sul do Japão prepara-se para o embate de mais uma tempestade tropical, Khanun, com ventos superiores aos 100 quilómetros por hora e perspetivas de inundações e deslizamentos de terras.

A China tenta recuperar da passagem do tufão Doksuri, localizada a sudoeste da capital. Ao todo terão morrido 20 pessoas, quer nas inundações que alagaram os campos agrícolas e destruíram colheitas, vias de comunicação e muitas casas.