Doze anos depois do maior desastre nuclear desde Chernobyl, o elefante na sala continua a assombrar o Japão. As descargas faseadas começam esta quinta-feira e deverão durar pelo menos 30 anos.
O Governo de Tóquio e a Agência Internacional de Energia Atômica garantem que o processo é seguro mas a decisão está a motivar protestos dentro e fora do Japão.
“O oceano não é propriedade do Japão, é um bem partilhado por toda a Humanidade. Não consigo compreender como deixaram o Japão decidir e proceder à descarga. É inaceitável para mim”, disse uma manifestante.
Também o governo chinês denunciou a medida e prometeu apertar ainda mais a fiscalização de alimentos importados do Japão. Em Hong Kong foi já proibida a venda de peixe de 10 províncias nipônicas.
A água contaminada esteve até agora armazenada na central de Fukushima, que em 2011 foi palco de um acidente nuclear depois de ter sido atingida por um tsunami.