Mundo

Kim Jong Un visita comando naval da Marinha com a filha

O vídeo do momento foi partilhado pela televisão estatal do país. Durante a visita, o líder da Coreia do Norte pede um fortalecimento das forças navais e lança acusações aos EUA.

Loading...

Kim Jong-un e a filha visitaram, este domingo, o comando naval da Marinha do exército popular coreano, numa rara aparição pública do líder norte-coreano.

Na visita, Kim Jong-un criticou o aumento da cooperação trilateral entre os "líderes de gangues" dos Estados Unidos, da Coreia do Sul e do Japão "reunidos", informou a agência de notícias oficial norte-coreana (KCNA), numa referência à recente cimeira em Camp David (EUA), onde o Presidente norte-americano, Joe Biden, recebeu o homólogo sul-coreano, Yoon Suk-yeol, e o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.

Kim Jong-un acusou Washington de estar "mais agitado do que nunca" com as manobras navais conjuntas e a continuação da instalação de meios nucleares estratégicos nas águas em torno da península coreana, indicou a KCNA.

"Devido às ações imprudentes de confronto dos Estados Unidos, entre outras forças hostis, as águas em torno da península coreana foram forçadas a tornar-se o ponto mais concentrado de material de guerra do mundo, as águas mais instáveis com o risco de guerra nuclear", disse Kim.

"Conseguir desenvolver rapidamente a força naval tornou-se uma questão muito urgente, tendo em conta as recentes tentativas de agressão do inimigo", afirmou.

O jornal estatal norte-coreano Rodong Sinmun mostrou Kim Jong-un, numa fotografia com a filha, a inspecionar o comando naval.

Os EUA, a Coreia do Sul e o Japão intensificaram a cooperação em matéria de defesa nos últimos meses e deram início a um exercício conjunto de defesa antimíssil naval para contrariar as crescentes ameaças nucleares e de mísseis balísticos de Pyongyang.

O exercício, realizado em águas internacionais ao largo da ilha sul-coreana de Jeju, envolveu contratorpedeiros equipados com sistemas de radar Aegis dos três países, informou a Marinha sul-coreana, em comunicado.

Até 31 de agosto, os EUA e a Coreia do Sul estão a realizar manobras militares anuais em grande escala, o que suscita a ira de Pyongyang.

Este ano, a Coreia do Norte efetuou um número recorde de testes de armamento e, na semana passada, fez uma segunda tentativa, sem êxito, de colocar em órbita um satélite espião.