Pelo menos 64 pessoas morreram e 43 ficaram feridas num incêndio que destruiu um edifício de cinco andares no centro de Joanesburgo, África do Sul, avançam os serviços de emergência locais. Entre as vítimas mortais estão também crianças, incluindo um bebé de 12 meses.
“Os corpos estão irreconhecíveis. Nunca vi nada assim. 64 mortes foram confirmadas devido ao incêndio. Ainda estão a confirmar o que aconteceu, mas a causa provável será o uso de velas”, afirma à televisão local eNCA, Robert Mulaudzi, porta-voz dos serviços de emergência.
Muitas pessoas poderão ter ficado presas no edifício quando o fogo deflagrou. Mulaudzi explica que, no interior do prédio, existiam portões que estavam fechados, por questões de segurança, e impediram as pessoas fugir das chamas.
“O que foi um problema é que dentro do edifício parece haver um portão que estava fechado. Por isso as pessoas não conseguiam sair. Quando os bombeiros entraram, muitas pessoas que vinham dos andares ficaram retidas no portão que estava fechado. Penso que seria um portão de segurança”, prossegue o porta-voz.
As chamas deflagraram durante a noite de quarta para quinta-feira. O alerta foi dado às 01:30 (hora local, 00:30 em Lisboa). O fogo foi entretanto extinto, mas os bombeiros continuam à a operação de busca pelas vítimas - pelo que o número de mortos poderá aumentar nas próximas horas.
Os corpos das vítimas mortais foram retirados do edifício e espalhadas pela rua, cobertas com lençóis e cobertores.
O prédio em causa faz parte de um conjunto de edifícios que tinha sido sinalizado devido a questões de segurança. No entanto, ainda não tinha sido realizada qualquer intervenção porque não havia alternativa para as famílias viverem.
O edifício de cinco andares está localizado numa zona desfavorecida do antigo centro económico de África do Sul.
