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Sismo em Marrocos: "Tinha esperança que os meus filhos estivessem vivos, mas foi a vontade de Deus"

Em Ait Aatman, pai, mãe e a filha sobrevivente não receberam qualquer ajuda do governo. Tal como o resto da aldeia, onde os 22 corpos retirados dos escombros foram recuperados à força de braços de familiares e vizinhos.

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Quase uma semana depois do sismo que abalou Marrocos, há localidades que se queixam de não ter ainda recebido ajuda governamental. O apoio recebido tem sido de voluntários privados, incluindo para o resgate dos corpos.

Na região de Ait Aatman, Dhya e a filha afastam as pedras, como tanto fizeram nos últimos dias, onde estavam os cadáveres de Afri e Omar. Os pais saíram por uma racha que se abriu na parede, o menino de 11 anos dormia com a irmã mais velha, em segundos ficaram esmagados.


"Tive tanto medo. Corremos para a rua. Quando voltámos vi logo que os meus filhos estavam mortos. Tinha esperança que estivessem vivos, mas foi a vontade de Deus", contou à SIC Tassourt i'sil, o pai das vitimas mortais.

Pai, mãe e a filha sobrevivente não receberam qualquer ajuda de fora. Tal como o resto da aldeia, onde os 22 corpos retirados dos escombros foram recuperados à força de braços de familiares e vizinhos. Quase sete dias depois do sismo, o governo marroquino não enviou ninguém, ajuda que surge é apenas de privados.