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De Marcelo a Zelensky, as principais intervenções na Assembleia-Geral da ONU

O Debate Geral das Nações Unidas arranca esta terça-feira, com destaque para o discurso inédito do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas também para as palavras de Marcelo Rebelo de Sousa e do chefe de Estado norte-americano, Joe Biden.

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De Marcelo a Zelensky, as principais intervenções na Assembleia-Geral da ONU

Daniel Pascoal

Assembleia-Geral da ONU continua até 26 de setembro

Joe Biden, Marcelo Rebelo de Sousa e Volodymyr Zelensky estiveram em destaque no dia de abertura da Assembleia-Geral, que continua até ao próximo dia 26.

A Assembleia-Geral é o órgão onde os 193 Estados-membros da ONU se sentam em pé de igualdade e tem uma função exclusivamente representativa, uma vez que o verdadeiro poder é exercido pelo Conselho de Segurança, onde são membros permanente os Estados Unidos, a China, a Rússia, o Reino Unido e a França, que têm o direito de veto.

Zelensky fala pela primeira vez na Assembleia-Geral da ONU

Volodymyr Zelensky
Volodymyr Zelensky
BRENDAN MCDERMID

O Presidente ucraniano discursa presencialmente pela primeira vez numa Assembleia-Geral das Nações Unidas. A mensagem de Volodymyr Zelensky é simples e clara: a guerra não é contra a Ucrânia, é contra todos.

Diz que nunca houve uma guerra tão assustadora como esta, pelo que representa a um estado soberano, mas também a todos os países do mundo.

“Espero que todos se juntem a nós neste esforço. Estamos a trabalhar duro”, reforça o líder ucraniano.

Zelensky afirma que “terroristas não têm direito de ter armas” e que a ameaça da Rússia é “uma ameaça para todos”. “A destruição continua a acontecer”, garante o Presidente ucraniano, denunciado que “a Rússia está a raptar e deportar crianças”.

Assim como Marcelo Rebelo de Sousa, Zelensky faz um apelo ao cumprimento da Carta das Nações Unidas, que “não pode ser apenas um papel”.

Os alimentos como “arma”

O líder ucraniano acusou o Kremlin de tentar “usar a escassez de alimentos no mercado global para ganhar o reconhecimento de territórios capturados”.

“A Rússia está a usar os preços dos alimentos como armas. O impacto estende-se desde a costa atlântica de África até ao Sudeste Asiático”.

"É fácil vir aqui prometer e depois não realizar", atira o Presidente da República

Mais do que falar, como se fazem em todas as reuniões da ONU, o importante é realizar. São essas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, num discurso direto, com tom de autocrítica às Nações Unidas.

“De nada adianta todos os anos prometer o mesmo e não realizar. Ano após anos nós prometemos. Agora é tempo de cumprir na construção da paz, na cooperação internacional, na correção das desigualdades mundiais, nas alterações climáticas e na reforma da ONU”.

O Presidente da República reforçou o tema das reformas, principalmente no Conselho de Segurança das Nações.

"É fácil prometer e depois não realizar": o discurso de Marcelo nas Nações Unidas

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"Ano após anos nós prometemos. Agora é tempo de cumprir", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que falou sobre a necessidade de reformas, sobre as alterações climáticas e também a guerra na Ucrânia.

Marcelo: “É urgente respeitar a carta das Nações Unidas”

De Marcelo a Zelensky, as principais intervenções na Assembleia-Geral da ONU
BRENDAN MCDERMID/reuters

O Presidente da República, presente esta terça-feira no Debate Geral das Nações Unidas, afirma que “é urgente respeitar a carta das Nações Unidas".

“Na sua permanente e inesgotável dedicação aos valores da Carta das Nações Unidas, apoio a nossa agenda comum. As propostas de reforma da governação mundial, incluindo a financeira, mas também as prioridade nunca abandonadas nas alterações climáticas nos direitos humanos, nos imigrantes, nos refugiados, na igualdade de género”.

Marcelo Rebelo de Sousa fez lembrar os conflitos na Ucrânia, no Médio Oriente, na Ásia

“Não é possível separar a luta do povo ucraniano do respeito pela carta das Nações Unidas. Mas também não é possível conseguir a paz sem aceleramos os objetivos de 2030 e sem reformarmos as instituições, desde logo o Conselho de Segurança".

Marcelo é um dos próximos a falar

Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres
Marcelo Rebelo de Sousa e António Guterres
NUNO VEIGA

O Presidente da República, que foi ontem recebido em Nova Iorque pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, vai discursar esta terça-feira na 78.ª Assembleia-Geral da ONU.

Marcelo Rebelo de Sousa subirá ao palco depois da intervenção do seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.

Conflito israelo-palestiniano é "cada vez mais difícil resolver", diz rei da Jordânia

De Marcelo a Zelensky, as principais intervenções na Assembleia-Geral da ONU

Lusa

Rei Abdullah II
Rei Abdullah II
CAITLIN OCHS

O rei Abdullah II da Jordânia faz um apelo, perante a Assembleia Geral da ONU, à resolução urgente dos conflitos israelo-palestiniano, que disse ser “cada vez mais difícil de resolver”.

Discursando na Assembleia Geral das Nações Unidas, o monarca haxemita, sem nunca criticar Israel, defende a criação de dois Estados com a capital em Jerusalém, cujos sítios sagrados têm segurança garantida pela Jordânia.

"Cerca de um terço dos 11 milhões de habitantes da Jordânia são refugiados sírios e palestinianos. É uma tragédia. Cerca de 1,4 milhões de refugiados são crianças. E continuam a nascer centenas, milhares, em território jordano. Fazemos o melhor que podemos, mas os nossos recursos estão a chegar ao fim", alertou.

Lembrando que as agências internacionais de apoio aos refugiados e deslocados estão a ficar também sem fundos - "os apelos à ajuda financeira ficam muito aquém do necessário" -, Abdullah questionou-se sobre como o mundo "pode estar a bater tão fundo, quando devia promover a solidariedade".

"O impacto dos refugiados não afeta um só país, uma só região. Veja-se o exemplo das fugas para a Europa", frisou.

"O nosso futuro está ligado ao vosso": a mensagem de Joe Biden

Joe Biden
Joe Biden
BRENDAN MCDERMID

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, diz que todos os países devem agir em conjunto para combater os desafios globais.

“O nosso futuro está ligado ao vosso. Deixem-me repetir: o nosso futuro está ligado ao vosso. E nenhum país pode enfrentar sozinho os desafios da atualidade", frisa o Presidente norte-americano.

Joe Biden afirma que os EUA procuram “um mundo mais seguro, mais próspero e equitativo para todas as pessoas”.

Um mundo onde “nossos filhos não passem fome e todos tenham acesso a cuidados de saúde de qualidade, onde os trabalhadores sejam capacitados e o nosso ambiente seja protegido, onde pessoas empreendedoras possam ter acesso a oportunidades em todos os lugares”.

“Só a Rússia está no caminho da paz na Ucrânia”

O líder norte-americano frisou que, pelo segundo ano consecutivo, a Assembleia-Geral da ONU é dedicada “à paz assombrada pela guerra”.

Uma guerra ilegal de conquista, desencadeada sem provocação pela Rússia contra a Ucrânia. Só a Rússia tem responsabilidade por esta guerra. Só a Rússia tem poder para acabar esta guerra imediatamente. Só a Rússia está no caminho da paz na Ucrânia. O preço da Rússia para a paz é a capitulação, o território e as crianças da Ucrânia", diz Joe Biden.

É a vez de Joe Biden discursar na Assembleia-Geral da ONU

O presidente norte-americano é o segundo chefe de Estado a discursar em Nova Iorque.