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Estados Unidos exigem que Azerbaijão cesse imediatamente ações militares

Antony Blinken, exigiu que o Azerbaijão termine com as ações militares na região de Nagorno-Karabakh e expressou o seu total apoio ao primeiro-ministro arménio, com quem teve um conversa telefónica.

Estados Unidos exigem que Azerbaijão cesse imediatamente ações militares
Andrew Harnik

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, exigiu na terça-feira que o Azerbaijão termine com as ações militares na região de Nagorno-Karabakh, acusando o governo azeri de colocar em risco a paz com a Arménia.

"Os Estados Unidos estão profundamente preocupados com as ações militares do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh e instam o país a cessar imediatamente tais ações", frisou Blinken, citado pelo Departamento de Estado norte-americano.

O governante manteve esta terça-feira uma conversa telefónica com o primeiro-ministro arménio, Nikol Pachinian, a quem expressou total apoio pela "soberania, independência e integridade territorial da Arménia".

Blinken também falou com o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, instando as forças azeri a "cessar imediatamente as ações militares" e "a acalmar a situação".

O Exército do Azerbaijão afirmou ter tomado mais de 60 posições arménias na ofensiva desta terça-feira em Nagorno-Karabakh, região disputada com a Arménia há décadas, enquanto se multiplicam apelos internacionais ao fim dos confrontos armados.

Os separatistas de Nagorno-Karabakh declararam que os combates deixaram pelo menos 27 mortos, incluindo dois civis, e mais de 200 feridos nesta região, onde os cerca de 7.000 residentes de 16 localidades foram retirados.

Pelo seu lado, o Azerbaijão informou que dois civis morreram em áreas sob o seu controlo.

O chefe da diplomacia norte-americana realçou que esta operação pode estar a "piorar a já crítica situação humanitária" na região e a "desperdiçar as possibilidades de paz".

"Como já avisamos o Azerbaijão, o uso da força para resolver disputas é inaceitável e vai contra as tentativas de criar as condições para uma paz justa", sublinhou.