Hunter Biden, filho do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pretende declarar-se inocente das três acusações judicias que enfrenta por ter mentido e garantido que não estava a consumir drogas quando comprou uma arma.
Abbe Lowell, um dos advogados de Hunter Biden, revelou a intenção do seu cliente num documento apresentado hoje ao juiz Christopher Burke no tribunal federal de Delaware, onde o caso está a decorrer.
Ao declarar-se inocente, o caso poderá ir a julgamento, o que significa que o processo coincidiria com a campanha para as eleições presidenciais de 2024, nas quais Joe Biden concorre à reeleição.
Esta terça-feira, os republicanos da Câmara dos Representantes norte-americana marcaram para 28 de setembro a primeira audiência do inquérito de destituição do Presidente Joe Biden.
A audiência deverá centrar-se em "questões constitucionais e legais" que rodeiam as alegações de envolvimento de Biden nos negócios do filho Hunter fora dos Estados Unidos, de acordo com um porta-voz do comité de supervisão da Câmara dos Representes (câmara baixa).
Acusações da oposição
Os republicanos, liderados pelo presidente da câmara baixa, Kevin McCarthy, defenderam nas últimas semanas que as ações de Biden desde que era vice-presidente mostram uma "cultura de corrupção" e que o filho utilizou a "marca Biden" para promover negócios com clientes estrangeiros.
O porta-voz também adiantou que o congressista republicano James Comer, presidente do comité de supervisão que lidera o inquérito de destituição, planeia emitir intimações dos registos bancários pessoais e comerciais de Hunter Biden e do irmão do Presidente, James Biden, "já esta semana".
A Casa Branca classificou estes esforços dos republicanos da Câmara dos Representantes, quando se aproximam as presidenciais de 2024, como "política extremista no seu pior".