Uma cápsula da NASA deve hoje aterrar no deserto de Utah, após uma viagem espacial de sete anos. Traz rochas e poeira do asteroide Bennu, que promete proporcionar informações únicas sobre a formação do sistema solar.
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É o fim de uma jornada que começou há sete anos: a primeira e maior amostra de asteroide recolhida pela NASA, deve pousar no domingo no deserto de Utah, nos Estados Unidos.
A descida final através da atmosfera terrestre promete ser perigosa, mas a agência espacial norte-americana tem esperança numa chegada tranquila, por volta das 9h00, hora local (16h00 em Lisboa), a uma área militar normalmente usada para testes de mísseis.
Após descolar em 2016, a sonda Osiris-Rex recolheu pedras e poeira do asteroide Bennu em 2020.
Serão cerca de 250 gramas de material, segundo estimativa da NASA, que deverão "ajudar-nos a compreender melhor os tipos de asteroides que podem ameaçar a Terra", e lançar luz sobre "o início da história do nosso sistema solar". sublinhou o chefe da agência espacial, Bill Nelson.
Manobra perigosa
Mas antes de aceder à preciosa carga, a manobra a realizar é perigosa.
A sonda Osiris-Rex deve libertar a cápsula que contem a amostra quatro horas antes da aterragem, a mais de 100 mil km da Terra.
Durante os últimos 13 minutos, esta cápsula cruzará a atmosfera: entrará a mais de 44.000 km/h com uma temperatura que poderá alcançar 2.700°C.
A queda, observada pelos sensores do exército, será retardada por dois paraquedas sucessivos e é essencial que sejam acionados corretamente para evitar uma “aterragem forçada”.
Poderá ser decidido no último momento não libertar a cápsula se parecer que não será alcançada a área alvo (58 por 14 km). Nesse caso, a sonda terá de dar a volta ao Sol, antes de tentar a sorte novamente em 2025. Mas se a sua entrega correr bem, partirá para outro asteroide.
Com agências, ESA e NASA