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Opositora de Nicolás Maduro quer apoio dos portugueses para chegar à Presidência

Glória Pinho, luso-venezuelana, define-se como "uma mulher trabalhadora, lutadora, forte, que tem ocupado cargos importantes" e insiste que "deviam orgulhar-se de uma pessoa que luta e trabalha com unhas e dentes para avançar".

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"Pensei que a comunidade me ia abraçar e dar o seu apoio e dizer aqui estamos contigo, mas não tem sido assim. E estou muito desiludida porque tenho visto como as outras comunidades se unem, se agrupam e defendem os seus", desabafou.

A luso-venezuelana define-se como "uma mulher trabalhadora, lutadora, forte, que tem ocupado cargos importantes" e insiste que "deviam orgulhar-se de uma pessoa que luta e trabalha com unhas e dentes para avançar, sobretudo neste momento histórico do país".

"Estamos a falar de umas primárias para a Presidência da República, não de um cargo qualquer. Imaginem quantos portugueses há na Venezuela que, se me derem o seu apoio, se forem todos votar, a mudança para a Venezuela será radical, porque a comunidade portuguesa é muito grande", explicou.

“Não estou a apelar à confrontação”

Glória Pinho referiu que qualquer receio da comunidade portuguesa tem de ser superado como fizeram os portugueses que chegaram sem nada à Venezuela, sem falar a língua e hoje têm negócios.

"Qual seria o medo? Sou uma mulher que fala de concertação, de paz, de diálogo, que quer construir o país. Não estou a apelar à confrontação, às ruas, nem a mudar um Governo", frisou.

Por outro lado, explicou que é uma candidata independente que fundou o movimento "Por Ti Venezuela" e que não está de acordo "com estas castas políticas que durante 25 anos negociaram, com o Governo, as nossas liberdades até ao extremo" do que o país está a viver. "Eu não quero isso para o meu país, quero coisas completamente diferentes", disse.

"Ofereço a minha transparência política. Sou uma mulher que vem do poder judicial, não tenho mancha alguma na magistratura nem na política, sou transparente, as minhas credenciais dizem tudo e publiquei-as nas minhas redes sociais para que os portugueses se sintam honrados e orgulhosos de saber quem os vai representar nestas primárias", frisou.

"Se este país estiver nas minhas mãos, vamos tornar-nos um país de primeiro mundo"

Glória Pinho insistiu que não quer ter o poder, mas "a gestão do país para demonstrar que, com retidão, trabalho e honestidade, o dinheiro da Venezuela, bem administrado, chega para tudo. "Quando digo tudo, não é para dar nada, é para construir esta terra".

"Eu posso garantir que se este país estiver nas minhas mãos, vamos tornar-nos um país de primeiro mundo", disse.