A Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC) anunciou que aplicou a primeira multa por lixo espacial, no valor de 150 mil dólares (cerca de 143.303 euros) à empresa Dish Network, que não retirou por completo o seu satélite EchoStar-7 de órbita, segundo a BBC.
A operadora de televisão por satélite, Dish Network, acabou por assumir a responsabilidade e concordou em cumprir “um plano de conformidade”, com a FCC.
As ações da Dish "representam preocupações quanto a detritos orbitais", explicou a Comissão Federal de Comunicações dos EUA.
A decisão da FCC surge após um reforço das políticas quanto a satélites pela entidade reguladora em anos recentes.
O lixo espacial é composto por pedaços de tecnologia que estão em órbita ao redor da Terra, mas não estão mais em uso e correm o risco de colisões. Ou seja, inclui satélites antigos e partes de naves espaciais.
"Este é um acordo inédito, que torna clara a forte autoridade da FCC e a capacidade de garantir o cumprimento das regras de vital importância para a gestão do lixo espacial", referiu o chefe do gabinete de execução da FCC, Loyaan Egal.
No ano de 2012, a Dish comprometeu-se a trazer o seu satélite em final de missão para uma altitude de 300 quilómetros acima do seu arco geoestacionário operacional. Porém, no ano passado, a empresa veio dizer que "restava ao satélite pouca capacidade de propulsão", por isso, "não poderia seguir o plano de mitigação de lixo espacial originalmente incluído na licença".
Segundo a NASA, existem mais de 25 mil pedaços de detritos espaciais que medem mais de 10 centímetros de comprimento.