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Análise

"McCarthy colocou os interesses nacionais acima da vaidade ou de concessões"

A comentadora da SIC, Mónica Dias, faz a análise à destituição do líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos e à importância da ajuda militar norte-americana à Ucrânia.

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O líder da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos foi esta terça-feira destituído do cargo, com os Democratas a unirem-se aos Republicanos radicais na votação que ditou a sua saída. Para a comentadora da SIC Mónica Dias, o discurso de McCarthy “foi muito importante, colocou os interesses nacionais acima da vaidade e de ceder”.

A comentadora da SIC salienta que, esta câmara política nos Estados Unidos “está a ditar toda a política Internacional. Estamos, portanto, no epicentro de algo que pode ter consequências muito, muito graves”.

Para Mónica Dias, a destituição do mais alto representante desta Câmara é muito complicada. “McCarthy não reunia o apoio do seu próprio partido (…) não é propriamente um moderado. Não podemos esquecer que ele também se sujeitou muitas vezes e aceitou alinhar com Trump, e é por essa razão que os democratas também não o apoiaram”.

"Os radicais do Partido Republicano, aqueles que muitas vezes gritam mais alto, querem criar uma perturbação dentro do próprio Partido Republicano e dentro da própria política americana, parece que estão ao comando. Este grupo marginal dos Republicanos está alinhado com Trump e, a um ano das eleições, interessa-lhes destabilizar o sistema político norte-americano".

Foi feito um acordo com o próprio McCarthy e os democratas que garante durante 45 dias um orçamento para todos os serviços nos Estados Unidos. “Estamos num momento de enorme polarização e, portanto, é cada vez mais difícil fazer acordos”.

Apoio militar à Ucrânia

Da parte dos Estados Unidos, Biden garante que o apoio vai continuar, mas não há acordo. Blinken diz que há um desgaste por parte da opinião pública. A Nato alerta que o Ocidente está a ficar sem munições para enviar à Ucrânia.

“O apoio à Ucrânia representa o interesse nacional dos Estados Unidos para fazer frente à Rússia”.