O governo do Paquistão atribui o aumento dos atentados suicidas à presença de afegãos e ordenou que centenas de milhares imigrantes que vivem ilegalmente no país saiam, até 1 de novembro, caso não o façam serão deportados.
A tragédia humana que se vive no Afeganistão pode acentuar-se nas próximas semanas. O vizinho Paquistão ameaça expulsar “à força” os imigrantes afegãos que vivem ilegalmente no país, e que afirma serem mais de um milhão e 700 mil têm até ao final do mês para abandonar território paquistanês ou serão deportados.
O Paquistão tem enfrentado um aumento de ataques, reivindicados sobretudo pelo Tehreek-e-Taliban, conhecido como Talibã do Paquistão, que reúne vários grupos extremistas sunitas mas que não está diretamente ligado aos talibã do Afeganistão.
O ministro paquistanês do Interior alega que 14 dos 24 atentados suicidas no Paquistão este ano foram cometidos por afegãos. Islamabad acusa as autoridades afegãs de fornecerem uma base de retaguarda ao TTP. Cabul nega as acusações.
Fontes oficiosas em Islamabd avançam que se os imigrantes ilegais não saírem o governo paquistanês terá a intenção de obrigar todos os afegãos, incluindo os que estão em situação regular, a abandonar o país.