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A Ucrânia pode desenvolver uma bomba nuclear? Milhazes diz que sim, Rogeiro não

A utilização de armas nucleares é um dos cenários mais discutidos desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. A Rússia já utilizou essa ameaça retórica, a NATO afirmou sempre que essa seria uma linha vermelha. Mas José Milhazes defende que se o apoio dos EUA ou da Europa diminuir, a Ucrânia pode querer desenvolver a sua própria arma nuclear, já que dispõe de urânio e de tecnologia. Nuno Rogeiro não acredita nesse cenário.

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Foi um dos momento mais surpreendentes do Guerra Fria desta sexta-feira, no Jornal da Noite da SIC. José Milhazes afirmou que caso o apoio de Washington ou das capitais europeias diminua significativamente, Kiev pode ser obrigada a avançar para o desenvolvimento de uma arma nuclear própria.

O comentador da SIC recordou que o país tem muito urânio e dispõe de tecnologia de ponta, já que teve durante muitos anos armas nucleares (enquanto integrava a União Soviética). A criação de uma arma própria seria, assim, a forma de poder impedir a Rússia de qualquer ataque de maior escala.

Nuno Rogeiro discorda deste cenário. Recorda o trauma nuclear que o desastre de Chernobyl deixou em todo o país. E defende que a Ucrânia pretende, sobretudo, obter garantias expressas de defesa de países com arsenal nuclear, como o Reino Unido, a França, os Estados Unidos ou mesmo a China.