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Israel: ameaça de guerra generalizada faz mobilizar a diplomacia

Está já a decorrer a reunião de emergência do Conselho de Segurança para discutir a crise israelo-palestiniana. O secretário geral da ONU, António Guterres, já apelou a iniciativas diplomáticas para se evitar um conflito de grandes proporções.

António Guterres em discurso
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Depois da estupefação inicial provocada pela ofensiva sem precedentes do Hamas contra Israel, seguiu-se o receio de uma potencial expansão do conflito a outras áreas. Menos de 24 horas depois da operação tempestade Al Aqsa ter começado, o exército de Israel anunciava a resposta a disparos a partir do sul do Líbano.

O conflito já está a ter repercussão noutros países. Em Beirute, o Hezbollah organizou uma manifestação de apoio às fações palestinianas que atacaram Israel, enquanto no Egito, dois israelitas e um guia turístico morreram num ataque a um grupo de turistas de Israel, em Alexandria.

Na Jordânia, milhares de simpatizantes da causa palestiniana regozijaram-se com a ofensiva do Hamas. Em Berlim também houve manifestações de apoio, uma a favor de Israel e outra em solidariedade com os palestinianos.

No plano político, a generalidade dos países ocidentais repudiou os violentos ataques e declarou apoio a Telavive.

O Partido Iniciativa Palestiniana, alternativo ao Hamas e à Fatah, defende que as declarações de que Israel tem direito à autodefesa é uma autorização internacional para que o primeiro-ministro israelita avance com mais punições coletivas e cometa massacres contra palestinianos indefesos.

A Arábia Saudita apelou ao fim imediato da escalada, mas a tentativa de normalização entre o Reino e Telavive terá desagradado ao Irão e impulsionado um maior apoio às milícias palestinianas.

A volatilidade da região está a preocupar, em especial, os países do Médio Oriente. O Conselho da Liga Árabe convocou uma reunião urgente com os ministros dos Negócios Estrangeiros.

Está também agendada uma reunião dos ministros do Conselho de Cooperação do Golfo, em Omã, que vai contar com a presença do Representante da União Europeia, Josep Borrell.