O Egipto, Israel e os EUA concordaram em permitir que os estrangeiros em Gaza passem pelo posto fronteiriço de Rafah para o Egipto, segundo um alto funcionário egípcio.
O responsável adiantou este sábado que Israel concordou em não atacar as áreas por onde os estrangeiros passariam ao sair do território palestiniano cercado.
O Qatar esteve também envolvido nas negociações e os participantes receberam igualmente a concordância dos grupos militantes palestinianos, Hamas e Jihad Islâmica.
Uma outra fonte egípcia do posto de passagem de Rafah disse ter recebido instruções para reabrir o posto hoje à tarde para os estrangeiros provenientes de Gaza.
O alto funcionário egípcio acrescentou que estão a decorrer negociações para permitir a entrega de ajuda humanitária a Gaza através do posto de controlo.
Ambas as fontes falaram à agência Associated Press sob condição de anonimato, por não estarem autorizados a prestar informações aos meios de comunicação social.
Os palestinianos tentaram este sábado sair do norte da Faixa de Gaza, depois de os militares israelitas terem ordenado a deslocação de quase metade da população para sul e terem feito incursões terrestres.
Israel renovou os apelos nas redes sociais e em panfletos lançados do ar para que cerca de um milhão de habitantes de Gaza se desloquem para sul, enquanto o Hamas exortou as pessoas a permanecerem nas suas casas.
A ONU e os grupos de ajuda humanitária afirmaram que um êxodo tão rápido provocaria um sofrimento humano indescritível, com doentes hospitalizados e outras pessoas incapazes de se deslocarem.