O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, garantiu este sábado que os Estados Unidos estão a fazer "o máximo de esforços" para proteger os civis na Faixa de Gaza, trabalhando junto de Israel para "abrir corredores seguros" para a população.
“Não queremos que haja vítimas civis em Gaza ou em qualquer outra parte do mundo e estamos a empenhar todos os esforços para as proteger”.
Blinken afirmou estar a trabalhar com as autoridades israelitas para "abrir corredores seguros e estabelecer zonas seguras para que os civis não sejam prejudicados por estes ataques", ao mesmo tempo que insistiu que o Estado judaico "continua a exercer o seu direito legal e natural de se defender".
"Os crimes brutais cometidos pelo Hamas não são aceitáveis. Mas o Hamas não fala em nome do povo palestiniano, é uma organização terrorista cujo objetivo é destruir Israel", afirmou Blinken.
Uma fonte oficial do Governo norte-americano, que viaja com Blinken, falou sob anonimato com a agência AP e disse que os EUA não pediram a Israel que abrandasse ou adiasse o plano de evacuação.
O funcionário disse que as discussões com os líderes israelitas sublinharam a importância de ter em conta a segurança dos civis, uma vez que as forças armadas israelitas se movimentaram para fazer cumprir o pedido de evacuação.
Acrescentou que os líderes israelitas reconheceram as orientações e as tomaram em consideração.
Palestino-americanos podem ir para Egito, Israel e Qatar
Por outro lado, adiantou que foi elaborado um acordo de princípio entre o Egito, Israel e Qatar para permitir que os palestino-americanos e outros cidadãos com dupla nacionalidade em Gaza atravessassem a fronteira com o Egito durante um período de cinco horas no sábado.
Estima-se que vivam em Gaza cerca de 500 americanos, mas este número é impreciso, segundo as autoridades.
No entanto, a mesma fonte disse que não era imediatamente claro se o Hamas permitiria que comboios de estrangeiros chegassem à passagem de Rafah sem obstáculos.
"É de importância vital (...) que trabalhemos em conjunto para garantir que, na medida das nossas possibilidades, este conflito não se estenda a outros locais e a outras frentes", afirmou Blinken.
Blinken chegou a Riade na manhã deste sábado, no âmbito de uma viagem pelo Médio Oriente que o levou a Israel, Jordânia, Qatar e Bahrein, para sublinhar o apoio "inabalável" dos Estados Unidos ao Estado judaico e estabelecer contactos para garantir que o conflito não se estenda a outras frentes.