O Presidente de República e os reis dos belgas cumpriram esta terça-feira um minuto de silêncio pelas vítimas do ataque armado de segunda-feira à noite em Bruxelas e reafirmaram a defesa da democracia, contra o terrorismo.
"O terrorismo não passará. A democracia, o Estado de direito e a liberdade vencerão", declarou o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, no início de um banquete oferecido pelos reis Philippe e Mathilde, no Castelo Real de Laeken, em Bruxelas, durante a sua visita de Estado à Bélgica.
Antes, Philippe da Bélgica convidou os presentes a levantarem-se e respeitarem um minuto de silêncio pelos dois cidadãos suecos que foram mortos a tiro no ataque de segunda-feira, dia em que o chefe de Estado português chegou à capital belga.
"Estamos reunidos hoje no desejo de nos mostrar unidos em torno dos nossos valores democráticos, que continuaremos a defender", afirmou o monarca.
Em nome de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa condenou o "ato inaceitável" ocorrido em Bruxelas e exprimiu uma vez mais solidariedade para com os povos e autoridades da Bélgica, assim como da Suécia.
Na sua intervenção, feita também em francês, o Presidente da República lembrou as ligações históricas entre portugueses e belgas, incluindo os laços dinásticos, e sustentou que os dois povos têm em comum "a temperança, a moderação, o bom senso".
Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a Bélgica pela sua "diversidade na unidade" e manifestou a certeza de que será sempre "o centro de gravidade" da União Europeia.