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Primeiro-ministro da Malásia garante "forte apoio" ao povo palestiniano

O primeiro-ministro malaio apelou a Israel para que cesse imediatamente o bombardeamento do território palestiniano controlado pelo Hamas e que seja criado um corredor humanitário em Gaza.

Primeiro-ministro da Malásia garante "forte apoio" ao povo palestiniano
Yasuyoshi Chiba

Anwar Ibrahim, manifestou esta terça-feira "forte apoio" da Malásia ao povo palestiniano numa conversa telefónica com o chefe do gabinete político do grupo islamita Hamas, Ismail Haniyeh.

O primeiro-ministro malaio escreveu nas redes sociais que falou com Haniyeh na segunda-feira, e apelou a Israel para que cesse imediatamente o bombardeamento do território palestiniano controlado pelo Hamas.

"É importante que Israel abandone a política de expulsão, chegue a um cessar-fogo com o Hamas e procure verdadeiramente uma solução pacífica para pôr fim ao conflito", afirmou.

Anwar apelou também para que seja criado um corredor humanitário em Gaza para fazer chegar ajuda à população da Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes que o Hamas controla desde 2007.

Anunciou ainda que a Malásia vai enviar ajuda humanitária para ser entregue à população da Faixa de Gaza.

A atual guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do grupo islamita em território israelita, em 07 de outubro, que provocou mais de 1.400 mortos.

Desde então, Israel tem bombardeado a Faixa de Gaza, com um saldo de mais de 2.800 mortos.

A Malásia - um país de 33,5 milhões de habitantes de maioria muçulmana do Sudeste Asiático - não tem relações diplomáticas com Israel e mantém uma política de apoio ao povo palestiniano.

Milhares de pessoas manifestaram-se em Kuala Lumpur na sexta-feira contra os bombardeamentos do exército israelita em Gaza.

As reações ao conflito têm sido variadas no Sudeste Asiático, com a Indonésia e a Malásia a apoiarem os palestinianos, enquanto a Tailândia afirmou não querer tomar partido.

Singapura criticou o ataque do Hamas e manifestou preocupação com as vítimas em Gaza.