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Rússia dá primeiro passo para rasgar o tratado que proíbe testes nucleares

Com uma guerra no leste europeu e outra no Médio Oriente, Moscovo garante que não quer retomar os testes nucleares suspensos há 33 anos mas também assume que não pode estar refém do tratado e que pretende estar, em pé de igualdade com Washington.

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A Rússia deu esta terça-feira o primeiro passo para rasgar o tratado que proíbe os testes nucleares. O parlamento russo considera que Moscovo não tem de assumir compromissos, perante o que diz ser "a atitude cínica e irresponsável dos Estados Unidos" nesta matéria.

Há meses que a hipótese era colocada no Kremlin. Mas foi esta terça feira que os deputados iniciaram oficialmente o processo: a Rússia prepara-se para rasgar o tratado de proibição dos ensaios nucleares. Moscovo entende que não tem de comprometer-se nesta matéria, quando os Estados Unidos nunca o fizeram.

O Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares foi aprovado na Assembleia geral da ONU em 1996. Foi assinado por 185 países, entre eles a Rússia, que o ratificou em 2000.

Com uma guerra no leste europeu e outra no Médio Oriente, Moscovo garante que não quer retomar os testes nucleares suspensos há 33 anos mas também assume que não pode estar refém do tratado e que pretende estar, em pé de igualdade com Washington.

Na primeira de três votações, o projeto-lei teve 412 votos a favor, zero contra e zero abstenções. O que significa que a aprovação final está praticamente garantida.