O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou, esta quinta-feira em Telavive, ao lado do primeiro-ministro israelita, que a explosão num hospital de Gaza que provocou centenas de mortos terá sido da responsabilidade de grupos palestinianos.
"Com base no que vi, parece que foi feito pela outra parte, não por vocês", disse Biden numa conferência de imprensa conjunta com Benjamin Netanyahu, pouco depois de ter chegado a Israel.
Biden apoiou assim a versão das autoridades israelitas, que atribuíram aos combatentes palestinianos a responsabilidade pela explosão no hospital anglicano Al Ahli, no norte da Faixa de Gaza, na terça-feira.
A explosão matou pelo menos 500 pessoas, segundo o grupo islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos e por Israel.
Telavive atribui culpas a Jihad Islâmica
Israel negou ter bombardeado o hospital e atribuiu a explosão a um disparo falhado do grupo palestiniano Jihad Islâmica, que também responsabilizou o exército israelita pelo ataque.
"Fiquei profundamente triste e chocado com a explosão ocorrida ontem [terça-feira] no hospital de Gaza", disse Biden a Netanyahu.
"Temos também de ter em conta que o Hamas não representa todo o povo palestiniano e só lhe trouxe sofrimento", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Biden deverá encontrar-se com famílias de vítimas israelitas
Biden deverá encontrar-se com as famílias das vítimas do ataque dos comandos do Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que Israel disse ter provocado 1.400 mortos.
"Os americanos estão de luto consigo", disse Biden a Netanyahu.