Os ataques das últimas 24 horas na Faixa de Gaza terão provocado cerca de 400 mortes, de acordo com números fornecidos pelo Hamas, que aponta para mais de 5 mil o balanço total de vítimas mortais no território palestiniano.
A confirmar-se a informação dada pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os bombardeamentos das forças israelitas das últimas 24 horas foram os mais mortíferos em 17 dias de guerra.
Depois de uma ténue trégua que permitiu a entrada de ajuda humanitária pela fronteira que liga o território palestiniano ao Egito, Israel diz ter atingido em Gaza 320 alvos, que classifica como militares.
Entre as mais de 400 pessoas que terão morrido vítimas destes ataques, estão 13 pessoas da mesma família que tinham deixado o norte de Gaza após o ultimato do Governo israelita.
Dima Allamdani perdeu os pais, sete dos oito irmãos, tios e primos. Tem 18 anos. É a mais velha dos sobreviventes e por isso teve a penosa missão de ajudar a identificar os corpos dos familiares mortos nos bombardeamentos em Khan Younis.
“Quando nos mudámos para Khan Younis com a minha família éramos 17. Depois, quando os israelitas nos atacaram e nos traíram, passámos a ser quatro", relatou Dima Allamdani.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, sete hospitais foram obrigados a fechar por falta combustíveis para alimentar os geradores. Gaza está cada vez mais às escuras e o Governo israelita não dá sinais de querer levantar o bloqueio total imposto a 7 de outubro.
As Nações Unidas estimam que mais de metade da população esteja deslocada. Estima também que sem mais ajuda haja mais mortes entre os mais vulneráveis, por desnutrição, por falta de medicamentos e de água potável.