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Refém libertada revela espécie de 'teia de aranha subterrânea' do Hamas

Duas idosas israelitas foram libertadas após 16 dias em cativeiro. O Hamas aponta que o motivo para a libertação das senhoras sequestradas foram razões médicas.

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Yocheved Lifshitz, de 85 anos, foi sequestrada pelo Hamas e libertada, na segunda-feira, ao lado de Nurit Cooper, de 79 em Telavive. Dezasseis dias depois, contou o que viveu durante o sequestro.

Raptada no kibbutz Nir Oz, a quatro quilómetros do sul da Faixa de Gaza, num primeiro momento Lifshitz foi levada de moto e depois a pé durante 2 a 3 horas numa teia de túneis.

“Diz que muita gente passou pela vedação... Foi levada na parte de trás de uma mota, com as pernas para um lado e a cabeça para o outro. Foi levada com um homem à frente e outro atrás dela. E que, enquanto estava a ser levada, bateram-lhe com paus”, diz a filha da vítima.

A octogenária assegura que um médico visitava dia sim dia não os reféns, dando-lhe medicamentos e tinham casas de banho.

Lifshitz contou ter sido agredida pelo jovem que a levou de moto, mas diz ter sido bem tratada depois e quando foi entregue à Cruz Vermelha desejou paz ao captor que a levou de volta a Israel.

“Foram muito amáveis, há que dizê-lo. Mantiveram-nos limpos, alimentaram-nos. Comemos o mesmo que eles: pão pita, queijo e pepino. Era uma refeição para o dia todo”, conta a refém.

Lifshitz poderá ter alta em breve, enquanto a outra refém está ainda sob vigilância médica, mas deverá regressar a casa em breve.