O Presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou esta quarta-feira não ter exigido ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que adiasse uma eventual ofensiva terrestre à Faixa de Gaza até à libertação dos reféns do movimento islamita palestiniano Hamas.
"Não. A decisão foi deles, eu não a exigi. O que eu lhe disse a Netanyahu foi que se for possível retirar essas pessoas em segurança, é isso que ele deve fazer", declarou Biden em resposta a uma pergunta em conferência de imprensa.
Reiterando que Israel tem não só o direito mas também "o dever" de se defender, após o ataque sangrento do Hamas a 7 de outubro, que fez mais de 1.400 mortos em território israelita, na maioria civis, Biden acrescentou que o país deve fazer "tudo o que estiver ao seu alcance para poupar os civis" palestinianos.
Observou, contudo, que não "tem confiança" nos balanços de mortos na Faixa de Gaza fornecidos pelos palestinianos.
Segundo as autoridades locais, a forte retaliação israelita matou até agora pelo menos 6.546 pessoas naquele enclave palestiniano pobre desde 2007 controlado pelo Hamas, grupo classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, pela União Europeia e por Israel.
O chefe de Estado norte-americano apelou igualmente para que os ataques de colonos israelitas a palestinianos na Cisjordânia "parem de imediato".